Passatempos:

O Livro Inacabado de Dickens - Matthew Pearl


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O Livro Inacabado de Dickens
de Matthew Pearl

Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 382
Editor: Editora Planeta
ISBN: 9789896570859

SinopseQuando morreu, em 1870, Charles Dickens estava a escrever O Mistério de Edwin Drood, um romance policial, novidade na altura, a pedido do seu amigo Wilkie Collins. Com 6 capítulos finalizados, a história ia apenas a meio. Como quereria Dickens terminá-la ninguém sabe, embora muito se tenha especulado desde então.

Em O Livro Inacabado de Dickens, Matthew Pearl parte deste acontecimento inesperado para recriar a Londres vitoriana, com capas e bengalas e candeeiros a gás, para mergulhar nos antros de ópio da cidade londrina, para desmontar a pirataria e a rivalidade literária entre Boston e Londres e para rever toda a obra do grande romancista inglês. Tudo isto ganha vida no romance de Matthew Pearl.

Fazendo uso de flashbacks, o autor vai intercalando figuras históricas, como Osgoog, editor da Fields & Osgood, com personagens ficcionadas, factos reais com situações imaginadas, muita intriga, homicídios, reviravoltas inesperadas e até um louco que diz que se chama Dick Datchery, uma personagem do romance incompleto de Dickens.




Ponto de Vista: Assim que li a sinopse deste livro senti logo uma grande vontade de o comprar, e por isso, posso dizer que a compra foi muito desejada e quase imediata.

A história é baseada, realmente, no último conto de Charles Dickens reconstruindo a partir de factos históricos os últimos anos de vida do autor e tudo o que envolveu “O Mistério de Edwin Drood”.
Matthew Pearl destaca o tema do ópio e todo o mundo que o envolvia na altura, mostrando já como a sociedade sucumbia ao seu poder.

“Nós não somos devoradores de ópio; os opiáceos é que são devoradores de homens.”

E ao mesmo tempo, descreve o crescente mundo das editoras e dos direitos de autor, que na altura não eram muito bem vistos porque tiravam, em parte, o domínio, pela editora, de uma obra.

“O nome do editor será muito mais importante do que o de qualquer autor e a nossa tarefa será misturar as tintas de um livro tal como os produtos químicos de um farmacêutico.”

São várias as personagens que podemos encontrar nesta história, algumas que mostram algum sentido para o enredo, outras que acabam por se perder no meio da narrativa. Quem desempenha um papel fulcral é James R. Osgood, sócio de uma editora íntegra que estima os seus autores e funcionários, e que se vê envolvido, juntamente com a sua guarda-livros Rebecca, no submundo do ópio para encontrar as últimas páginas da história de Dickens. Nesta aventura vão encontrar poucos amigos e demasiados inimigos, mostrando que valores como a honestidade e a amizade, muitas vezes, podem trazer demasiados danos para a vida de alguém, mas que também podem ser o único meio de sobrevivência.

“…os livros eram os seus companheiros, o sustento que alimentava a sua mente.”

Após ter terminado a minha leitura anterior, comecei logo a ler este livro porque a curiosidade era imensa, mas não sei se foi de mim ou se foi mesmo da história que não me cativou logo de imediato, e as primeiras páginas foram difíceis.
Achei o início um pouco confuso, com muitas personagens, e várias passagens que me acabaram por confundir, o que me fez abrandar na leitura por diversas vezes, e só na penúltima parte do livro senti algum entusiasmo.
Sinceramente, esperava muito mais do autor e, principalmente, da própria história por se basear na vida de Charles Dickens criador de personagens como Oliver Twist, que faz parte da nossa infância e que permanece “vivo” até aos dias de hoje.

Em estrelas: 2*

Para saber um pouco mais da vida de Charles Dickens:

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